Encerrar capítulos e abrir novos caminhos

Na passada semana iniciámos o ano com uma publicação acerca do impacto que as mudanças têm na nossa vida e na hipótese que poderão ser para o vínculo a novos ciclos. Existem, associados à palavra mudança e aos ciclos anuais, momentos chave que podemos considerar como pontos de viragem, podendo ser o Ano Novo um destes momentos.

Para muitos de nós a época festiva entre o Natal e o Ano Novo traz as memórias de anos passados e os desejos ou expetativas perante o futuro. Pode ser um tempo desafiante, onde não estamos certos de ter alcançado tudo a que nos propusemos no ano que agora findou. Há também o medo que muitos sentem associado ao pensamento acerca de entes queridos com uma idade mais avançada, e onde - de ano para ano - a chance de os perdermos por uma vida também ela no seu quase fim se parece aproximar. Alguns de nós concluem trabalhos que se sentem precários ou cuja existência servia apenas de mote a um aumento na segurança financeira. Outros há que iniciaram recentemente novos empregos, novas faculdades, novos papéis na sua vida… Muitos expectam novos papéis na sua vida: casar, o nascimento de um filho, uma viagem programada. Há ainda, não menos relevantes, aqueles de nós onde parece não existir encaixe nas respostas e previsões aqui anotadas. Estão tristes, confusos, baralhados, sozinhos ou por vezes o oposto: com excesso de tarefas, excesso de barulho, excesso de pessoas em seu redor. Seja qual for a circunstância ou a mudança, seja de ano ou de qualquer outro ciclo a iniciar-se, estes tempos são de respeito na sua representação e peso dentro de cada um de nós. É importante sinalizar mudanças de humor que daqui possam advir, perceber se nos sentimos mais frustrados, mais irritados, mais ansiosos, menos tensos, mais dispersos. Interessa acompanhar, igualmente, os movimentos dos que nos rodeiam de forma a identificar e apoiar em situações que provoquem qualquer tensão aumentada. Todos estes exemplos podem - e serão, na maioria das vezes - expectáveis e passíveis de serem experienciados sem sofrimento ou angústia. No portal criado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses podemos ler um texto acerca de Qual o Sentido de Propósito - Eu Sinto-me, onde encontramos pistas acerca da importância de ter uma vida com significado e com valor próprios, terminando com um pequeno exercício e algumas sugestões que pretendem dar-nos pistas de como doar e impregnar a nossa vida de um sentido claro, em busca da felicidade e do bem-estar pessoal, emocional, profissional e (acima de tudo) psicológico.

Excerto Sentido da Vida_OPP_EuSinto.me

Excerto Sentido da Vida_OPP_EuSinto.me

O envio «fora de horas» do atual texto no blog não é uma coincidência, um erro ou um lapso! É uma chamada de atenção para lhe dizer que hoje, a meio do primeiro mês do ano, aquele mês que muitos de nós achamos enorme e blue (triste), ainda é possível lançar os seus desejos para 2025. Hoje ainda é tempo para acreditar que as mudanças que procura fazer ou aquelas que lhe são impostas por terceiros servem um propósito para uma nova oportunidade, um novo desafio e esperamos, uma nova esperança de se reconhecer no outro, com o outro. E amanhã também será. E o dia depois de amanhã. E depois… Tem cerca de 350 oportunidades para começar uma atividade nova, terminar uma que o aborrece, cortar ciclos negativos, quebrar ritmos que o desgastam provocando novos caus, tal como nos ensina Nietzsche «É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela que dance”!

Como tantas vezes temos vindo a dizer aqui, nós somos relação! E por muito que existam mudanças avassaladoras ou assustadoras, parte destas servirão sempre para um propósito maior que é o nosso bem-estar.

Reconheça-se nestas mudanças e potencie o que vai de encontro a si mesmo.

Por aqui continuaremos, sempre disponíveis a pensar consigo acerca do modo mais saudável de potenciar o seu crescimento pessoal e emocional. 

Que este seja um tempo Bom!

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